A técnica de voleibol do Praia Clube de Uberlândia, profa. Maria Bethânia Silva Melo, esteve durante oito dias no Centro de Treinamento de Voleibol da Confederação Brasileira de Voleibol – CBV, em Saquarema, no Rio de Janeiro, acompanhamento o treinamento dos atletas convocados para participar do Campeonato Sul Americano. Aproveitando uma folga para o Dia dos Pais, Bethânia esteve em Sacramento no final da semana para abraçar o papai, Luiz Afonso, e respondeu a uma rápida entrevista do ET.
ET - Como foi conhecer o CTV da CBV?
Bethânia – Foi maravilhosos, o lugar é lindo, dá frente para o mar e tem uma infra-estrutura fantástica. Afinal é o maior e melhor Centro de Treinamentos de Voleibol do mundo. São seis ginásios, academia de musculação, salas de fisioterapia, quatro quadras de areia, piscinas, alas masculinas e femininas, com excelentes quartos, salão de jogos, TV, internet, biblioteca. Tem de tudo, é um show...
ET - Quais as seleções você acompanhou?
Bethânia – Primeiro, as das minhas meninas, claro, a Infanto, de 15 e 16 anos; e a Juvenil, de 17 e 18. Todos os dias pela manha, à tarde, e á noite lá estava eu. Quando sobrava um tempinho eu acompanhava os treinos das seleção adulta feminina e juvenil masculina e ainda arrumei tempo para acompanhar os treinos da Bélgica e da França.
ET - Como é o trabalho nas seleções?
Bethânia - Primeiro, os técnicos fazem as chamadas 'peneiras´ regionalizadas, em todos os estados brasileiros. Este ano, ao todo, foram escolhidas 91 atletas, mas apenas 19 foram treinar em Saquarema. Das 19, restarão as 12 melhores, que irão para o Sul-americano este ano, em setembro e o Mundial no ano que vem, no Japão. É puxado, lá eles treinam em dois períodos. Além da musculação e preparo físico, as atividades são intensas, porque, além disso tudo, há ainda reuniões com psicólogo e aulas teóricas de voleibol. Tudo é monitorado, desde a alimentação de alto nível. Mas cada seleção tem sua equipe de técnicos , assistentes, fisioterapeuta, preparador físico, medico, psicólogo. E tudo muito estruturado. É um trabalho altamente organizado, por isso as seleções brasileiras são sempre vitoriosas.
ET - Como você se sentiu ao ver atletas que você treinou integrarem a seleção?
Bethânia - E você ainda pergunta? Não imagine como me senti? Em primeiro lugar, o mérito é delas, porque têm o dom, mas sem dúvida dei uma forcinha, né. Fiquei muito feliz, afinal são quatro atletas Camila Brait, na Juvenil; Glauciely, Larissa e Magda na Infanto. Agora torço por elas. Elas têm muito potencial e podem ir muito longe.
ET - Qual o objetivo desse estágio pra você e para o Praia Clube?
Bethânia - Para mim é de estar sempre proporcionando o melhor no que há em treinamento para as minhas atletas, tanto na parte física, técnica, tática e psicológica. Para o clube que represento atualmente, o estágio faz parte da política do clube, do investimento deles . Eles estão investindo cada vez mais, porque já têm convite para disputar a Superliga, por isso estão sempre procurando o melhor e investindo nos seus técnicos.