O presidente da Câmara, Bruno Scalon Cordeiro (PFL), faz questão de frisar que, ao contrário do que se especula, a reforma não descaracterizará o prédio. “As fachadas externas posteriores, ao lado e ao fundo, serão ampliadas, porém obedecendo a mesma linha arquitetônica da fachada frontal, preservando-se, inclusive, a escada com as pedras da entrada principal, ali colocadas na década de 70.
"Existe uma lei municipal que prevê o tombamento da fachada externa do prédio, mas não vamos descaracterizar o prédio, a fachada posterior terá as mesmas características da fachada frontal. A escadaria, as pedras, o gabinete, o salão de despacho, tudo continuará como está", disse o presidente, informando que está retornando ao prédio também os seus antigos móveis. "Aliás, estamos fazendo um trabalho de resgate de todos os móveis que serviram o Paço, hoje distribuídos em várias repartições e departamentos públicos. Eles estão sendo restaurados e serão levados para o salão de despacho, onde teremos a galeria dos prefeitos", disse mais o presidente.
No primeiro governo de José Alberto Bernardes Borges, 71/72, o Paço Municipal sofreu uma grande intervenção, com mudanças que modificaram sua fachada, perdendo uma de suas características, o parlatório existente nas janelas, que foram alongadas.
Outra idéia do presidente Bruno é a de transformar o Salão de Despachos em um centro cultural. "Ali teremos um espaço que poderá servir a exposições, galerias, lançamentos de livros e vernissages da cidade", explicou. Além dos nomes dos patronos, José Ribeiro de Oliveira, Dr. Juca, que dá nome ao Paço, e de Paulo da Graça Lima, que dá nome ao Plenário, foram aprovados outras três homenagens: o Salão de Despacho levará o nome de Vereador Leônidas Afonso Primo; a galeria será dedicada ao Vereador Azis Antonio dos Santos e a sala do presidente, de Dr. João Cordeiro.
Reforma custará 250 mil
A reforma da Câmara, executada pela empresa Consjep - Construtora Jerônimo Pereira Ltda, de Uberaba, está orçada em R$ 250 mil, com recursos próprios oriundos do duodécimo, fração do orçamento do município que, obrigatoriamente, é destinado às despesas do Legislativo. "Nós já temos essa verba para a realização dessa obra, dentro daquilo que temos direito no orçamento", informou Cordeiro, mostrando através de um programa no computador toda a projeção do futuro Paço Municipal.
A previsão para o término da reforma é de cinco meses. Prazo que o presidente pretende ver cumprido, para apresentar a reforma ainda em sua gestão. "Nossa previsão é de que até novembro as obras de ampliação e reforma estejam concluídas", informou, sentindo-se responsável por poder realizar aquilo que foi o sonho de muitos antecessores, a Câmara funcionar no seu prédio próprio. "Embora saibamos que o prédio sempre pertenceu à Câmara, ele sempre foi utilizado pelo Executivo e agora, à Câmara o que é da Câmara", finalizou.