Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Candidatos a prefeito mostram seus programas pela TV

Edição nº 1535 - 16 de Setembro de 2016

Os três candidatos a prefeito por Sacramento, José Alberto Bernardes Borges, José Carlos Rodrigues Borges e Wesley de Santi de Melo (Baguá) foram entrevistados essa semana pela TV Integração. Cada candidato ficou no estúdio durante 15 minutos e responderam com desenvoltura os temas e as perguntas da jornalista Adriana, âncora do programa. Veja abaixo a essência das respostas dos candidatos às perguntas propostas, na ordem do dia em que se apresentaram, conforme sorteio. As íntegras das entrevistas podem ser vistas pelas redes sociais.

 

Wesley Baguá: Unidos para o progresso

TV Integração/Adriana - No seu plano de governo há quatro propostas direcionadas ao turismo. O Sr acredita que esse pode ser um dos caminhos para o desenvolvimento de Sacramento?
Baguá -
Acredito que sim. Somos um município agraciado por Deus,  com um potencial muito grande e que precisa de investimentos, acredito que assim teremos grandes condições de  gerar emprego, renda, qualidade de vida. O turismo será o diferencial nesse próximo mandato.

TV - Quais as medidas o Sr. usou para fomentar o turismo nos anos em que foi prefeito?
Baguá -
Nós nos associamos aos circuitos dos Lagos, da Canastra, nos ligando a toda a região. A inclusão nos circuitos qualificava toda a rede hoteleira com palestras, cursos  e divulgava todas as  potencialidades turísticas de Sacramento. Revitalizamos o Desemboque, berço da colonização do Brasil Central. Tínhamos um compromisso de recuperação da Estação do Cipó, mas não foi possível. Mas com certeza vamos implantar isso novamente.
 
TV - O Sr comentou do Desemboque, berço do Triângulo, que passa por uma série de dificuldades. Qual a proposta do Sr. para essa comunidade?
Baguá -
Ali, na verdade, precisa de manutenção. Toda obra precisa ter um acompanhamento e isso não foi feito, então temos que dar uma atenção especial àquele lugar histórico.

TV - Em 2012, logo depois de não conseguir a reeleição, os moradores denunciaram que o Sr. fez uma série de cortes na Prefeitura, como o repasse para pagamento dos ônibus e até a aquisição de medicamentos. Qual foi o motivo?
Baguá -
Na aquisição de medicamento, não houve corte. Houve corte, sim, em alguns setores, o que foi necessário para entregar o mandato. Temos que cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal e o gestor tem o compromisso com a cidade de deixar as contas em dia, deixar a Prefeitura com as constas saneadas e isso eu fiz. Sou o único prefeito, depois da Lei de Responsabilidade Fiscal, a ter todas as contas aprovadas pelo Tribunal de Contas e pela Câmara, por unanimidade. Entendo que temos que ter compromisso como futuro. Deixei a Prefeitura saneada, com as contas em dia para o novo prefeito administrar.

TV - A população de Sacramento enfrentou um grave problema este ano em relação à dengue, chegando a ter mais de 500 casos, com duas mortes provocadas pela doença. Como evitar que a cidade enfrente problemas semelhantes nos anos seguintes?
Baguá -
Isso depende de um trabalho contínuo. Não se pode trabalhar a dengue só no período das chuvas e isso será feito. Temos hoje vários bombeiros civis e vamos implantar um trabalho junto com eles, um projeto de prevenção à dengue na cidade. Tudo se resolve na prevenção, para não chegar ao ponto lastimável a que chegou. Sabemos que é um problema de todas as cidades, mas que tem que ser preventivo.

TV - Candidato, a saúde, especificamente a medicina especializada e também a educação superior são os grandes desafios das cidades de pequeno porte, que ainda dependem muito das cidades polo. Como o Sr. pensa em solucionar esses dois problemas?
Baguá -
Na verdade, a saúde é o maior problema de todas as cidades, inclusive em Sacramento. Nossa saúde está na UTI. E eu gostaria de dizer aos sacramentanos, que vamos buscar resolver essa situação, sim. Porque, quando estava na Prefeitura trabalhamos muito em prol de uma saúde melhor, tínhamos mais médicos. Os filhos de Sacramento nasciam em Sacramento. Mandávamos, sim, muitos pacientes para Uberaba, mas resolvíamos muitos problemas na nossa cidade. Nós não podemos ficar inchando as cidades polo, nós temos que resolver as questões básicas na nossa cidade. Trouxemos a Farmácia de Minas, onde tínhamos  todos os medicamento da lista oficial à disposição da população, hoje nem isso tem. Construímos um Pronto Socorro novo na Santa Casa e, para a unidade do bairro Perpétuo Pocorro, compramos raio X novo, três UTIs, três ambulâncias zero km, enfim, procuramos fazer muito e tenho a certeza de que vamos fazer muito mais. Nós temos onde buscar recursos, porque temos um apoio político muito grande, já temos compromissos firmados para a saúde. Não precisamos construir mais prédios, precisamos é de mais profissionais competentes, médicos e gestores para fazer uma saúde de qualidade.

TV - Essa é a quarta candidatura do Sr. a Prefeitura. Não foi eleito em 2004, não foi eleito em 2012. O que o Sr traz de diferente nessa candidatura em relação às demais?
Baguá -
Trazemos uma experiência nova, se eu não errar onde errei, com toda certeza serei muito melhor do que fui. E hoje temos um compromisso a mais com nossa cidade: compromisso com o agronegócio, com um  turismo eficiente, uma saúde melhor, educação de qualidade com apoio aos nossos jovens, com novos projetos, porque se nós gestores públicos não dermos oportunidade  para essas pessoas, o mundo dá, e de uma maneira muito cruel. E não é isso que queremos para a nossa cidade.

TV - O Sr. considera que o resultado das urnas em 2012, quando não conseguiu a reeleição foi uma desaprovação ao seu governo?
Baguá -
Não. O eleitor analisa muito as propostas, e nosso adversário apresentou na época, propostas mirabolantes, coisas que nós não teríamos nunca condição de fazer. Eu sou um candidato mais pé no chão, procuro falar o que dou conta de cumprir. A população não pode ser enganada mais. E admiro muito, porque estamos sendo muito bem recebidos, com um apoio muito grande, estamos em primeiro lugar nas pesquisas. Eu sinto que a população está muito descrente  com a questão da corrupção, então eu acho que temos de ter compromissos sérios,  justos, e que, efetivamente, tenhamos condições de cumprir.
 
TV - O Sr. comentou sobre esse momento atual em que a gente vive, o Sr acredita que esse cenário atual, com a troca de presidente, essas novas manifestações em todo o pais e ainda a crise econômica que parece não ter fim, isso possa ter reflexo nas urnas nas eleições municipais?
Baguá -
Acredito que sim. O número de abstenções, votos nulos e brancos, acredito que será alto, porque o povo está desanimado, descrente de política. E só vamos mudar a realidade desse país nas urnas.  Eu acredito que vai melhorar e vamos ter um futuro muito bom.
 
TV - Candidato, o Sr. apresentou uma declaração de patrimônio de pouco mais de 1 milhão e 700 mil reais,  esse valor representa uma variação de 255% em relação a declaração apresentada nas eleições de 2008. O Sr. considera normal essa variação patrimonial nesse período de tempo?
Baguá -
Considero, mesmo porque tenho outras atividades, e somente o salário que recebi como prefeito daria esse valor. Sou uma pessoa correta, procuro ser justo. Fala-se muito de todos os candidatos, mas estamos aí para fazermos um trabalho muito sério.
 
TV -  Desemprego é um problema comum na maioria das cidades, em sendo eleito, o que o Sr. pretender fazer para atrair novos investimentos para Sacramento?
Baguá
- Eu tenho a sorte de ter um vice que é um jovem empreendedor, o Juninho Trevisan, que na geração de emprego vai me ajudar muito, tenho certeza. Estou feliz por estar junto com ele nessa caminhada. Mesmo porque no meu governo fiz muito pela geração de emprego. Tínhamos um Conselho de Desenvolvimento Industrial muito atuante, pagávamos   espaços para mais de 20 empresas na cidade. Infelizmente, esse incentivo  acabou e as empresa foram embora, empresas que fui atrás antes de assumir a Prefeitura e consegui levá-las para Sacramento. Foi uma época boa, havia oportunidade de trabalho. Acredito que o gestor tem que olhar para essas questões com um olhar diferente. E hoje vemos que a cidade perdeu muito. Nosso povo não quer muita coisa, é saúde de qualidade, oportunidade de trabalho e uma cidade  segura. E se formos atrás vamos gerar trabalho que vai melhorar e muito a qualidade de vida da nossa população. E, para isso  temos projetos, por exemplo, o Jovem Empreendedor, que  terá alternativas e incentivos para montar a sua empresa, queremos implantar o distrito industrial.

 

 

José Alberto: Experiência com honestidade

TV Integração/Adriana - O Sr. assumiu o governo de Sacramento pela primeira vez em 1º de janeiro de 1971, 45 anos depois, o senhor tenta retornar à Prefeitura. O Sr, acredita que a sua candidatura é realmente um terceira via?
José Alberto -
Eu acredito sim, porque nós estamos numa época em que temos que resgatar valores e, para mim, a honestidade e o trabalho são bases “si ne qua non” (imprescindíveis – grifo nosso). A pessoa  tem que buscar essa segurança. O político hoje está muito desacreditado, então, resolvemos voltar à vida pública, porque a minha cidade parou, estagnou e nós ficamos abismados com essa estagnação. Não podemos deixar o meu povo à deriva, temos que buscar as soluções. E, com minha experiência e a minha honestidade, eu creio que levarei novamente a minha cidade a rumos maiores.

TV - Candidato, mas num momento em que se fala tanto em renovação na política, o Sr. não acha que a sua candidatura estaria na contramão?
JA -
De espécie alguma. Dizia a  poetisa Cora Coralina, “o saber se aprende com os livros e com os mestres; a sabedoria com a vida e com a humildade”. Eu não troco a minha experiência por idade nenhuma, por estudo nenhum. O que aprendi na vida pública foi o maior diploma que tive na vida. E tenho vários, do meu tempo de vereador aos 22 anos e prefeito aos 27, eu tenho um grande conhecimento sobre política e sobre tudo que se passa na minha cidade. Por isso estou voltando.
 
TV - No plano de governo do Sr. existe uma proposta para criar uma comissão responsável por identificar os  principais problemas da cidade.  Essa estratégia pode ser atribuída ao afastamento do Sr. por tanto tempo do poder ou mesmo acompanhando de fora, como cidadão, não é possível saber quais são os problemas da cidade?
JA -
Muitos são  os problemas. E o primeiro que levo em consideração é a saúde. Nos meus governos anteriores nunca ninguém  morreu de fome, nunca ninguém morreu por falta de remédio, nunca ninguém morreu de frio ou por falta de exames. Sempre me pautei pelo social. A zona periférica de minha cidade ficou com água, esgoto e luz, senão não poderia falar em saúde. Isto é de suma importância. Não deixei um barraco coberto de palha. Eu sempre trabalhei,  quando estudei em São Paulo, nas favelas. Eu fui educado para sentir a necessidade do povo e é isto que quero fazer mais uma vez, para que o povo sinta que tem um governante honesto, que trabalha, que vive a vida do povo.

TV - Candidato,   no plano de governo, o Sr. dedica grande parte dele à segurança pública. Então, esse já é um dos principais problemas da cidade?
JA -
Também. Nós temos falta de segurança, somos um município limítrofe com São Paulo, somos rota de droga, então temos que nos ater à segurança com câmeras, monitoramento 24h, aumentar o efetivo das polícias civil e militar. Isto constitui fator primordial para que a população possa trabalhar mais sossegada, tanto na zona urbana como na zona rural.

TV - As administrações anteriores do Sr. foram marcadas por obras arquitetônicas, como o Museu  e a Casa da Cultura. Em caso de um novo mandato, a população pode esperar mais obras desse porte?
JA -
Sim, mas a primeira obra que quero realizar são casas, entregar loteamentos, casas de 12x20 metros, com  ruas largas. O povo precisa viver, ter onde morar, habitação digna. Isso é o que eu quero para meu povo.

 

TV - Como o Sr. pretende fortalecer o turismo de Sacramento e fazer com que seja uma atividade  importante para o desenvolvimento da cidade?
JA -
  Sempre procurei ativar o turismo, haja vista que eu tive uma consideração muito grande com Desemboque  e restaurei as Igrejas;  consegui reaver as imagens históricas roubadas e a Gruta do Palhares é fonte primordial do Turismo em Sacramento. E temos também o Turismo Religioso, com Eurípedes Barsanulfo que leva caravanas e caravanas à cidade. E temos também agora a Basílica do Santíssimo Sacramento, todos pontos que levam as pessoas a procurar Sacramento. Sem contar a região, a represa de Jaguara, cachoeiras. Turismo é fator de renda e para eu realizar aquilo que quero preciso ter renda, então vamos buscar no turismo uma fonte de renda para o município, embora tenhamos uma grande extensão de soja, pecuária, cana de açúcar.

TV - Ainda falando de turismo, o Sr citou diversas atrações, dentre elas as cachoeiras, mais de 200. Elas existem, estão lá, então o que falta para levar o turista para Sacramento?
JA -
Falta propaganda. Os prefeitos não buscaram nos meios de comunicação essa vantagem. Quando inaugurei a gruta, tínhamos 11 mil turistas por mês, hoje, não chega a dois, três mil. Falta então a propaganda.

TV - Outra proposta de seu plano é garantir o pagamento integral do transporte aos universitários. O Sr acredita que esse é o único caminho para esses jovens estudarem?
JA -
Facilitamos. Quando eu não tinha verba suficiente, eu já dava o combustível, tanto para o curso Técnico de Contabilidade, que tínhamos  mantido pela prefeitura, como o combustível para os ônibus  dos universitários.  Eu sou professor e minha carreira política advém dos meus alunos,  então eu não poderia me faltar a esse grande  problema. Todos têm direito de estudar.

TV - O Sr declarou uma receita de R$ 50 mil, mas até agora, no site do TRE não aparece nenhuma despesa. É isso mesmo? o Sr ainda não gastou nada com a sua campanha?
JA -
Sou muito econômico. Eu não compro voto, levo propostas para alavancar o meu povo e o povo tem que ter consciência disso. Temos que educar o povo. O político é muito responsável pela campanha. Eu não compro voto, a não ser a propaganda natural, que todos nós temos que ter, temos que nos dar a conhecer à juventude. Aliás, a juventude me adora, assim como as pessoas idosas. Isso vale mais que qualquer gasto.

TV - Mas o Sr não gastou nada até agora?
JA -
Lógico. Gasto o necessário. É lógico que vou gastar mais, a lei me permite gastar muito mais que isso, mas sou muito econômico, por isso governei bem e ainda pagava o 14º salário, meus funcionários tinham dois dentistas, médicos. O esporte é primordial para mim, para tirar a turma da droga. Eu fiz o melhor Poliesportivo do interior de Minas com recursos próprios. Prefeito tem que saber a receita e a despesa e tem que equilibrar.

TV - Independentemente do resultado nas urnas, no dia 2/10, 2016 marca o retorno do Sr ao cenário político?
JA -
Eu tenho certeza que sim. Eu acho que a experiência e a honestidade têm que fazer a minha cidade e o Brasil caminhar.

TV - Quando o atual prefeito foi eleito, agradeceu o Sr. pelo apoio a sua candidatura, depois disso o Sr fez críticas a esse governo. O Sr rompeu com o governo?
JA -
O atual prefeito Bruno é meu amigo, mas, politicamente, administrativamente foi nota zero. No terceiro mês eu o abandonei, porque é uma pessoa vaidosa, não escuta ninguém, então ele errou. Eu sempre escutei os outros, a experiência é base para se fazer um bom governo. 

 

José Carlos: Trabalho com mãos limpas

 

TV Integração/Adriana - O Sr dedica a maior parte do seu plano de governo à segurança pública, esse já é um desafio da cidade de Sacramento. Como o Sr pretende enfrentá-lo caso seja eleito?
José Carlos -
Recorrente à questão da segurança pública, percebemos que não é só em Sacramento, o país inteiro está passando por essas dificuldades, então temos que aprimorar. Além de nós intensificarmos o efetivo das polícias Civil e Militar, queremos melhorar a nossa Guarda Municipal para que nossos guardas possam contribuir com as polícias, para diminuir e dar uma proteção maior à nossa população. Além disso, queremos criar um monitoramento eletrônico, com câmeras nas entradas da cidade e pontos estratégicos, para que possamos dar  uma segurança maior à população e atender  às necessidades de cada um.

TV - Candidato, como o Sr avalia o atual governo de Sacramento, que aliás apoia a sua candidatura?
JC -
O governo foi bom, apesar de alguns problemas técnicos, mas ele realizou grandes obras para a cidade. Temos, além do governo atual, uma boa perspectiva de um bom resultado final.

TV - Por receber o apoio do grupo que está no governo atual, pode-se considerar que o Sr vai dar continuidade ao plano de governo da atual gestão?
JC -
Quero fazer um governo com o meu jeito de ser, um governo participativo, ouvindo as associações, participando dos conselhos municipais, para que possamos fazer um governo diferente do que a gente tem visto. Tenho o apoio dos ex-prefeitos Biro e Joaquim, pessoas que já passaram pela administração e viram na minha pessoa, o nome mais experiente e correto para disputar esse pleito. Tenho já experiência administrativa como vice-prefeito, secretário de governo e entendo que estou preparado para administrar Sacramento nos próximos  anos. E é com essa vontade, esse interesse da sociedade que vamos realizar nosso mandato. Estou sendo apoiado por 12 partidos e, tenho certeza de que iremos fazer um governo diferente, sim, um governo que possamos ouvir a comunidade como um todo, para que possamos atender às necessidade e anseios da sociedade como um todo.
 
TV - Como o Sr conta com o apoio do atual governo, o Sr pretende manter parte da equipe atual?
JC -
Alguns programas que temos são bem sucedidos. Na área da saúde temos vários programas de prevenção que precisam ser mantidos, como o da obesidade, tabagismo, hipertensão... A área de saúde precisa investir muito na prevenção e nós estamos com essa vontade e vamos fazer isso com muita ênfase. Quero também aproveitar tudo aquilo que esteja funcionando bem, não só do atual governo como dos anteriores. Aquilo que está dando certo não há por que mexer, nós temos é que aprimorar. Então, não vamos mudar toda a administração, porque os projetos têm que ser mantidos, não podemos estagnar a Prefeitura e começar do zero. Queremos fazer mudanças passo a passo, de acordo com a necessidade. Na parte administrativa, o funcionalismo como um todo está muito carente e nós precisamos investir com cursos técnicos, aumentar a auto  estima deles, inclusive no vencimento deles. Os salários estão muito defasados e a gente percebe um baixo astral, então precisamos melhor isso, como um todo.

TV - O Sr comentou a prevenção na saúde e este ano Sacramento viveu um problema grave com a dengue, que chegou a mais de 500 casos confirmados e duas mortes. O Sr acredita que houve falhas nesses programas de prevenção e o que o Sr. pretende mudar para que a cidade não passe por este problema de novo?
JC -
Cada vez mais temos que investir nisso. Temos que educar a população para isso, não só na questão da dengue, mas para a saúde como um todo. A questão do meio ambiente, que está ligada à dengue, à sujeira nos terrenos e nas próprias casas, acredito que muito disso aí é educacional. Hoje, temos que pegar o meio ambiente desde a ponta até o fim, começando nas escolas, associações de bairros, incentivando e motivando-os cada dia mais a fazer com que nossa cidade permaneça limpa. Com isso, tenho certeza de que melhorará  essa questão da dengue, que é muito triste, mas muitas  vezes sai do controle e, se não fizermos, realmente, a prevenção, outros casos irão ocorrer, mas estamos firmes nesse propósito e vamos investir nisso, além da parte educacional.

TV - Candidato, no site do TRE, o senhor declarou uma receita para a campanha, de R$ 22 mil  e já gastou quase R$ 21 mil. Como Sr vai fazer nessa reta final agora? Pretende captar mais recursos?
JC -
Se há a informação de R$ 22 mil, ela está equivocada. É bem mais que isso, é impossível fazer campanha com um valor desses. Talvez algum erro de digitação. Não me lembro agora, mas o valor é bem superior a isso aí, até porque já gastei bem mais que isso. Talvez tenham informado por etapas...

TV - Quais são suas propostas para atrair novos investimentos para Sacramento?
JC -
Tenho andado na cidade e essa é uma questão recorrente. A falta de emprego tem assolado a população não só de Sacramento, mas do país como um todo. Temos que pensar forte. Sacramento está com quase 200 anos e ainda não tem um distrito industrial e empresarial. Eu quero criar o distrito industrial para a cidade, não podemos mais aceitar essa situação. Não temos como trazer algum investidor ou empreendedor, se não tivermos um local apropriado, legalmente regularizado para recebê-los. Com a criação desse distrito, quero também dar oportunidade para empresários locais que queiram alavancar a sua empresa e ter um local onde possam se instalar e melhorar o seu negócio, o seu  faturamento e, consequentemente,   gerando emprego e renda. E, não só na área do distrito industrial, temos outras perspectivas para o agronegócio. Nossa cidade é dependente do agronegócio, a agropecuária é muito forte. Então, precisamos dar uma atenção para esse segmento, assim como para a cana, o café e os pequenos e micro empreendedores, talvez os que mais necessitem do fomento da Prefeitura e quero investir muito nesse aspecto. Outra questão que primo muito é a agricultura familiar. Sabemos que há vários projetos em nível estadual e federal, onde há recursos e, vamos criar a Feira do Pequeno Produtor, que poderá ser em conjunto com os artesãos para gerar renda. E eles é que vão decidir onde será, como e quando será. Não vou impor. Eles vão decidir.
 
TV - O Sr tem experiência na vida pública, mas é a primeira vez que concorre à Prefeitura. Por que agora?
JC -
Eu, depois que sai da Prefeitura, me dediquei a vida profissional, porém nunca deixei de participar da vida pública. Sou presidente do Democrata, o antigo  PFL,  há mais de 20 anos, então estou sempre participando ativamente das questões políticas da minha cidade. Não me candidatei, mas participei, inclusive, fui secretário de governo em 2005 e 2006 e estou sempre atento aos problemas da Prefeitura, do município e sei que estou preparado para assumir o cargo, para fazer as mudanças que a nossa cidade tem pedido. Com a minha experiência administrativa, não só a que adquiri na vida pública, mas também na vida particular, aprendi e aprendi muito, porque trabalho desde criança. Tenho certeza absoluta de que terei condições e a sociedade pode ficar tranquila disso, de que fazer uma boa gestão para o nosso município.

TV - O Sr citou vários setores em que pretende investir para desenvolver a cidade, um deles o turismo. É inegável o potencial turístico de Sacramento e, no plano de governo do Sr são poucas as propostas nesse sentido.
JC -
Nós vamos investir no turismo, inclusive na indústria do turismo. Dentre os vários pontos turísticos que nosso município possui, há a Gruta dos Palhares, as represas de Jaguara, cachoeiras, o Parque Nacional da Serra da Canastra, etc. Sacramento tem um potencial enorme para o turismo e precisamos também fomentar isso, trabalhar com a Associação Comercial, com a imprensa para  dar publicidade a esse potencial, porque isso é geração de renda e emprego. No momento em que o país passa por essas dificuldades, temos que ser ousados, não só o agente público, mas a sociedade em si. São nessas horas difíceis que provamos a capacidade de um e de outro para desenvolver e fomentar qualquer negócio.

TV - O Sr falou que pretende dar uma valorização maior ao funcionalismo público. De que maneira o Sr pretende fazer isso sem ter um impacto tão grande na folha? O Sr pretende fazer uma reforma administrativa?
JC –
Sim, e ela é necessária, mas quero primeiro capacitar o pessoal da administração pública e eles mesmos estão nos pedindo isso. Então, precisamos capacitá-los e prepará-los para que estejam mais motivados para o exercício da função pública. O funcionário público é uma extensão do prefeito, muitas coisas estão nas mãos deles, eles é que resolvem, porque o prefeito é o chefe do poder, porém não está atento em quem está fazendo o serviço lá na ponta. E, para isso, eles têm que estar motivados e também melhor remunerados. Tenho certeza de que o salário não está bom e eles estão precisando, sim de um aumento. Queremos fazer a reforma administrativa pontual, em cada segmento para que assim possamos motivá-los também ao exercício de suas funções.