O Sistema Firjan publicou no dia 28/07 a nova edição do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), com dados de 2015 que, devido à proximidade da política local, não foi divulgado na época.
O índice é construído a partir dos resultados fiscais das próprias prefeituras – informações de declaração obrigatória e disponibilizadas anualmente pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e é composto por cinco indicadores:
1. Receita Própria: mede a dependência dos municípios em relação às transferências dos estados e da União;
2. Gastos com Pessoal: mostra quanto as cidades gastam com pagamento de pessoal em relação ao total da Receita Corrente Líquida (RCL);
3. Investimentos: acompanha o total de investimentos em relação à RCL;
4. Liquidez: verifica se os municípios deixam em caixa recursos suficientes para honrar os restos a pagar acumulados no ano;
5. Custo da Dívida, que correspondente às despesas de juros e amortizações em relação ao total das receitas líquidas reais.
A pontuação varia entre 0 e 1, para cada um dos indicadores. Assim, quanto mais próximo de 1, melhor a gestão fiscal do município, que recebe um dos quatro conceitos: A (Gestão de Excelência, resultado superiores a 0,8); B (Boa Gestão, de 0,6 a 0,8); C (Gestão em Dificuldade, de 0,4 a 0,6) e, D (Gestão Crítica, inferior a 0,4).
Conforme os dados, Sacramento obteve conceito D, com IFGF 0,3701, ocupando a 3.330º a posição no ranking nacional e a 457ª posição no Estado. Essa é a pior classificação de Sacramento desde 2006, quando o índice começou a ser calculado. Naquele ano, o IFGF foi de 0,5566 (B). O melhor IFGF do município foi em 2012, 0,6445 (B), com conceito B, ocupando a 880ª posição nacional e 104ª estadual.
Em dez anos, apenas nos últimos três, Sacramento não tem liquidez
Na análise dos últimos dez anos é possível observar que o IFGF de Sacramento teve altos e baixos em todos os indicadores, mas apenas nos últimos três anos, a liquidez foi zerada, isto é, não deixou em caixa recursos suficientes para honrar os restos a pagar acumulados no ano, sobretudo em 2013 e 2014, quando a Receita Própria ficou acima de 0,8, com conceito A. Aliás, as melhores receitas em 10 anos.
Pelos dados, fica esclarecida, ainda, a questão de se os governos anteriores deixaram ou não, recursos em caixa, suficientes para cobrir os restos a pagar deixados para o ano seguinte suficientes (Liquidez). No caso de Sacramento, os dois últimos ex-prefeitos, Nobuhiro Karashima e Wesley De Santi deixaram. Na gestão do prefeito Joaquim (2005/2008), no último ano, a liquidez foi de 0,4034, com conceito C e, de Baguá (2009/2012), no último ano, a liquidez foi de 0,5019, também com conceito C.