Sacramento no passado tinha administradores muito mais conscientes na defesa da qualidade de vida do que hoje. A expansão urbana resguardava ruas e passeios largos, lotes com 400 m², amplas avenidas e grandes praças, infelizmente ocupadas com prédios ao longo dos anos.De uns tempos para cá, ficando essa expansão da cidade por conta de empresas privadas, os empresários passaram a valorizar mais a especulação imobiliária do que a qualidade de vida, até mesmo para atender o baixo poder aquisitivo da população.
A verdade é que os últimos loteamentos viraram 'Casa da Mãe Joana', isto é, tudo é possível, e o pior, sempre com a aprovação do prefeito. De uns tempos para cá, o projeto independe de aprovação pela Câmara, ficando a cargo apenas do Executivo e suas secretarias, chegando ao cúmulo de barganhas por conta de servidores desonestos, para a sua aprovação, explorando ao máximo a natureza: lotes de 200 m², o mínimo de área verde, passeios estreitos, inexistência de avenidas e daí por diante.
Para combater esses deslizes e primar pela qualidade de vida, a Câmara Municipal promoveu na última terça-feira 19 uma audiência pública com moradores, empreendedores e representantes do poder público para discutir os projetos que versam sobre o tema: a expansão, caracterização e delimitação como zonas urbanas as áreas mencionadas, visando que desenvolvimento seja realizado de forma organizada e sustentável e também discutir o projeto de lei complementar que altera o Código de Obras do Município.
Com falta de propaganda, pouca gente participou do debate na Câmara.
Algumas ideias tiradas na audiência